AGORA UMA HISTÓRIA

Agora uma história:
Era uma vez, um cara bonito e elegante que foi junto com sua irmã, seu cunhado e sobrinho para João Pessoa.
A ida foi tranquila, chegaram no aeroporto, seu cunhado embarcou e todo voltaram para Campina, mas na saída do aeroporto, o cara bonito e elegante (esse sou eu), percebeu que a luz da bateria estava acesa então, após ter alertados todos no carro, falou "creio que dá para chegar em casa. E partiram em uma viagem inesquecível de volta para o lar.
Estava indo tudo bem, até chegar no cajá, a luz começa a enfraquecer, o som para e o perigo eminente de ficar no meio da estrada começa a se tornar uma realidade.
Sua irmã começa a orar pedindo a Deus uma saída, quando do nada, uma caminhoneta ultrapassa o carro.
Ahhh! Bendita caminhoneta, você, tão linda, você, tão cheia de luz...
O carro que começava a "engasgar", se re estabelece após, estrategicamente, o farol ser desligado e o cara bonito e elegante (perceberam como falo bem de mim? rss) entra em uma perseguição alucinante a uma caminhoneta que acendia o breu dessa noite tão fatídica.
PS. Acho que o cara tava num medo só, um carro o perseguindo em alta velocidade com o farol apagado...
Quando chegam ao riachão, resolvem parar no posto de gasolina... Mencionei que eram exatamente meia noite?, Pois então, era.
Ficam por lá uns instantes, conversam com o segurança que deu a maior assistência, vão até a casa de um mecânico, que também estava já com sua "bateria arriada", voltando assim para o posto de gasolina.
Passam-se alguns longos minutos, telefonemas vão e vem e ligam para o Senhor e Ilustríssimo João Barros, Pai do cara bonito e elegante e da gata incrível (sua irmã rss).
Ligamos para algumas outras pessoas, mas enfim, João Barros, que mudaria o enredo dessa história, deixou sua cama, enfrentou as limitações que sua cirurgia deixou, colocou uma outra galega linda no carro (essa é a outra irmã mais nova, solteira, mas não dá moral pra qualquer um não, estejam sobre aviso.... rss) e foram imediatamente para o grande auxílio que precisávamos.
Um outro carro, nesse meio tempo, encosta no posto ondem estavam todos. O problema deles eram mais sério, óleo baixo e motor quase batido, então veio a ideia;
- Olha, agente poderia fazer o seguinte, é quase uma da manhã, agente colocaria sua bateria no nosso carro, e todos nós iriamos para Campina, amanhã pela manhã, você voltaria e pegaria seu carro. Disse o bem, todos já sabem que sou eu, mudemos então a pessoa...
Ele não aceitou e resolveu partir com o carro daquele jeito mesmo...
Então, algo improvável aconteceu, misteriosamente, o carro recobra os sentidos, acorda, fica vivo e o que fiz? Claro, sobe todos e vamos embora.
Agradecemos ao segurança e seu companheiro pela presença e partimos, com o farol ligado.
Aproveitamos o embalo até vê um carro parado na estrada, quem era??? Quem??? Exatamente, o cara bateu o motor do carro e ficou na saída do Riachão.
Mesmo com o risco do carro que estávamos parar também, resolvi parar e oferecer carona, que deu negado... Ele disse que ligou para o guincho, enfim, nosso carro começou a enfraquecer e encostei de ré no acostamento.
Pensamos então em voltar para o posto, mas pelo retrovisor, uma luz brilha, um carro que passa por nós e então, faço o carro pegar no tranco e inicio uma outra perseguição. Já estava ficando bom nisso e conseguimos subir então a “grande ladeira do terror”.
Ficamos até um tempo nessa perseguição, mas um carro novo, forte e potente como aquele, logo, logo sumiu na estrada e ficamos no total breu, mas hora, onde estava nosso amigo de todas as horas João Barros. Já, já ele entra na jogada.
Eu andava usando minha alta capacidade de percepção e instinto, pilotando o carro sendo guiado apenas pelas faixas brancas e quase apagadas da rodovia, quando via uma carro, tentava com grande esforço, deixar um sinal que estávamos por ali (alerta que quase não piscava), mas funcionava.
Algo novo aconteceu, além da fraca luz da bateria que acendia, a da injeção, talvez por inveja, resolveu acender também, que droga, o carro então para no meio da estrada escura e nos deixa na mão, mas não por muito tempo.
Com a lição que aprendi no posto, lição essa que, se o carro ficar algum tempo desligado, ao menos no tranco vai pegar, esperei alguns minutos e realmente, o carro pega no tranco e de ré.
Assim que dá sinal de vida, mesmo sem iluminação, acelero e continuamos para vê até onde vai, resultado, a luz acende novamente e o carro para de novo, na total e plena escuridão, como não bastasse dirigir nela...
Mas enfim, estávamos determinados a chegar na polícia rodoviária e deixar o carro por lá mesmo, e numa dessas paradas na estrada, vemos uma luz, mas era de outro carro, era o nosso grande e ilustríssimo amigo e pai JOÃO BARROS... :]
Ele encosta na frente do carro e combinamos, toda vez que o carro pegar, ele seria o nosso farol, ao menos até a Polícia Rodoviária e saímos assim mesmo, parando em km em Km até que chegamos.
Quando faltava cem metros o carro morreu novamente e decidimos que ali seria sua sepultura até amanhecer, quando decidimos abrir o capuz, o cabo da bateria realmente estava folgado (eu já tinha olhado no posto, mas não tinha ferramenta para arrocha-lo) e o policial nos ajudou, enquanto nosso pai, JOÃO BARROS, conversava com eles na possibilidade do carro ficar por lá e então, o carro acende o farol, fraco é claro, e pega, no tranco é claro e partimos em direção a cidade de Campina Grande.
Ia tudo bem nos 100 metros seguintes, até o carro, bem, já sabemos o que aconteceu, e assim foi até chegar no terminal rodoviário, quando decidimos empurra o carro até em casa, assim, não era tão longe, mas não era tão perto, e tipo, altas subidas e decidas, enfim...
- Acho que agora pega. Digo.
Todos decidem empurrar e o carro, brummmm...
Menos cem metros para empurrar... rsss
Empurramos em uma subida meia ingrede, nosso pai nos acompanhando, todo o resto empurrado, inclusive meu querido sobrinho cabecinha, e chegamos ao cume, onde entro no carro e desço ladeira abaixo, no final da ladeira, grande e extensa ladeira, o carro pega e... ok, ok, já sabemos, 100m.
- Falta pouco. Grita minha irmã mais nova.
- Ao menos estamos fazendo exercício. Diz cheia de humor a mais velha.
No certo ponto, eu entro no carro, jogo a segunda e ... VIVAAAA, deixo o carro em frente da garagem.
Olho pelo retrovisor e vejo nosso pai vindo com todo mundo abordo, minha irmã linda, maravilhosa e toda suada e dolorida abre o portão, o carro dá seu último suspiro e se declina sobre a fria cerâmica do terraço.
Assim termina uma aventura show de bola, altamente induzida “adrenalíticamente”, cheia de lições que ficarão em nossas memórias, pois muito Deus me ensinou, pois orávamos e acontecia, todo o tempo, e como eu disse no início, deu para chegar em casa, mesmo que tenha sido, 3h da madruga.
Muito tenho a agradecer o Senhor que me dizia, para, tenta agora, e assim foi, e assim deu certo, nada de mal aconteceu, fui guiado pelo Espírito o tempo todo, e tudo, tudo funcionou.
Lição:
Nunca retroceda, siga em frente com todas as dificuldades, não desista, pois por pior que possa parecer, Deus está no controle e te protegendo todo o tempo. Já pensou nos perigos no caminho, em uma parada em algum lugar errado, sem você ter escolha de onde parar?
Mas Deus sabe onde te deixar parar, quando prosseguir e até onde ir, até o fim, é só confiar.
Isso acabou de me acontecer e me sinto bem, fortificado e mais cheio de vida.
Pois é, Deus tem um jeito todo especial de nos ensinar...


Autor: Joamir Barros

Comentários

Amanda disse…
Livramentos e mais livramentos... tudo isso é bençao do Senhor
rosilda disse…
Excelente estória verídica Joamir, fiquei ansiosa do começo ao fim para saber como vocês se safaram dessa, Deus é fiel, e você um ótimo escritor,xero!

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